A surpresa
Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado.
A isto se chama talvez narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.
Clarice Lispector, A Descoberta do Mundo. 1967. Editora Rocco.
O grifo é meu. O livro que foi publicado no ano que eu nasci trazia ao mundo as perplexidades da minha autora favorita e enche meus dias de pensamentos.
Este post participa da nova blogagem coletiva para o ano de 2018, proposta pela minha vizinha Elaine Gaspareto. Vem participar? É só clicar no selinho para saber como:
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Tão bom livros assim e ela é maravilhosa.Vale sempre ler, reler! bjs praianos,chica
ResponderExcluirAdorei sua participação, precisamos muito aprender a admirar a nossa imagem, entender os traços e a beleza contida em cada linha. Clarice vem como uma luva perfeita, mestra em colocar em palavras sentimentos maravilhosos.
ResponderExcluirMuita Luz e Paz!
Paula:
ResponderExcluirLindo post para essa BC.
Paula, que coisa linda e seu complemento foi perfeito!!
ResponderExcluirAbraço!
Olá Paula, infinitas graças por sua existência!!!!!Bjs Nice
ResponderExcluirPaula, e de vez em quando bem que a gente se sente invisível...
ResponderExcluirNé?